18 de junho de 2013

Só mais um desabafo! ;x

É porque bate um medo, um desespero, toda vez que estou prestes a encarar algum desafio. Sou a pessoa mais cagona que eu conheço, tenho medo de tudo, do novo, do velho, do arriscar... Tudo! Pronto, confessei! Não sei lidar com imprevistos, muito menos, quando isso é diretamente ligado a minha pessoa. Sou insegura, por mais que soe como piada para algumas pessoas. Tenho uns medos que se revelarem as pessoas provavelmente nunca mais me olhariam com respeito.
Tenho tanta sede de vida que chego a ter medo disso... Talvez pelo fato de querer aproveitar tudo, de pensar que não tenho muito tempo, sei lá, sou neurótica também.



Sabe aquela dor de estômago? Mas, é uma dor diferente... Esta sendo diferente! Tô mais de 24 horas sem dormir... Chamem isso de ansiedade, nervosismo, do que quiserem... Mas, pra mim é medo e fim!
É difícil fechar os olhos e não saber para quê exatamente! Vou mais tarde passar por um procedimento que pode gerar outro, e eu não sei o que pensar! Todos que me conhecem me chamam de guerreira, de forte e etc., eu sou, mas não em determinados momentos. Agora só apenas uma mulher frágil, que precisa de abraços apertados e pessoas torcendo.
Estou com medo do que possa vir a acontecer, do que está escrito no meu destino, essas coisas... Queria fugir ou ficar no colo da minha mãe sem me preocupar com nada... Sei lá, fugir para as montanhas, talvez!
Só não queria precisar passar por tudo isso, de novo! Estou agoniada e com medo, vou repetir quantas vezes forem necessárias! Eu confio em todos os profissionais pelos quais depositei minha vida, mas ainda sinto o aperto!
Espero que dê tudo certo comigo! Se não der, que seja feito o melhor... Dizem que não se pode escolher tudo, eu só escolho viver, e aguento as consequências disso!
Existem momentos em nossa vida que cansamos de sermos fortes, e, acabamos mostrando nosso lado frágil. Acho que devo estar neste, definitivamente estou com medo do que possa acontecer com esse fígado, que anda me dando um trabalho e tanto!
Mas, que venha o que tiver que vir! Nos vemos no meu próximo post então!

Boa sorte pra mim!!!

27 de maio de 2013

Essas datas

Uma vez me disseram que aniversário só se faz uma vez ao ano. Eu não acredito nisso. Porque não podemos comemorar todos os dias a nossa vida? Sei lá, eu gosto, um pouco, de contrariar toda a lógica e ir contra a razão, isso faz parte o meu instinto.
Um dia eu acordei e me disseram que era meu segundo aniversário, para eu guardar bem a data, porque naquele dia eu tinha nascido novamente. No momento não entendi, mas depois tudo começou a fazer sentido.
Consegui compreender que quando você vai embora sem dizer adeus, precisa voltar. Precisa voltar para aquele abraço que não foi dado, para aquela frase que não foi dita, para aquele beijo que não foi roubado, pra aquela festa que não ficou até o final,  precisa voltar... Definitivamente eu precisei voltar para aquele suspiro, diga-se de passagem, o mais difícil até hoje em minha vida.

Lembro como se fosse o hoje... O dia era chato e eu me sentia em um dos filmes da série:  Esqueceram de Mim. Ninguém foi me ver naquele quarto, ninguém conseguiu arrancar um sorriso, além de lágrimas aquele dia...
Engraçado com é o destino, eu não recebi nenhuma visita durante o dia... Só a noite! E foi mais a noite que eu pude sentir a presença das pessoas mais importantes para mim, do lado de fora, mas estavam lá.
No dia 27 de maio de 2010... Essa minha mania idiota de gravar datas, é o meu segundo aniversário... Talvez nasci novamente às 22:50, quando abri meus olhos e pude entender que não era a hora de ir embora, que eu precisava fazer mais coisas boas aqui, realizar novos projetos e, encher o saco de mais pessoas...
Hoje, quem me conhece sabe que não é um dia legal... São muitas lembranças que me vem à cabeça... Ainda mais por estar em uma fase da minha vida um tanto quanto complicada! Eu sempre digo que tenho um plano, neste momento eu não sei ainda qual é, mas eu sei que vai dar tudo certo.

Sei que são fases que eu tenho que passar, nunca entendi e quem sabe um dia eu entenda o porque de tudo isso, no momento é complicado, difícil e quase impossível entrar na minha cabeça o fato de eu não ser absolutamente normal, mas de uma coisa eu sei – tenho muitos suspiros para dar ainda! Então lá vamos nós! Parabéns pra mim :))

9 de abril de 2013

Pois é...


Ninguém iria entender aquele desespero que estava tomando conta de mim. Por mais que eu tentasse explicar toda aquela confusão de sentimentos que estava dentro do meu coração, não iria conseguir um misto de medo, desespero, aperto, ansiedade, e todas aquelas coisas que não se definem em junção de sílabas. Era o filme passando em minha mente, mas com uma única diferença, eu prevendo o futuro!
Não quis, lutei contra, me fiz de rebelde, sim e com causa, claro! Não foi para chamar atenção de ninguém, até porque a própria situação já é bastante pretenciosa e chama atenção. Mas, cansa... Cansa tentar fazer tudo certo e não dar certo, entendeu? Cansa ver que seu coração é bom, mas não bate na frequência certa, que você não enche a cara por aí e seu fígado não está bom, essas coisas... Não quero listar, mas essas coisas cansam...
Esse é mais um de um textos que poucas pessoas irão compreender. Eu tenho sede de vida, sempre tive, e cada vez eu tenho mais. Poxa, é injusto eu não poder realizar tudo. Não é certo eu querer conquistar o mundo, nem que seja apenas o meu mundo, e ficar estacionada. Cadê o direito de decisão? Gente, não era para eu ter livre arbítrio?
Minha médica disse que esperava de qualquer paciente isso, menos de mim. Menos daquela menina que vive sorrindo e sempre com um incentivo para todos que lutam contra esta doença. Mal ela entende que por muitas vezes, esse sorriso é só uma forma de desespero por não saber o que fazer.
Eu sei que ninguém jamais entenderia eu desistir de tudo. Por mais que parecesse covardia, infantilidade, ou coloque o nome que preferir. Até porque eu tenho amigos maravilhosos e uma família que não sei descrever de tão magnífica, mas tem uma coisa que me prende a essa decisão, e eu jamais conseguiria explicar para vocês.
Uma das coisas mais bestas e sensatas que eu fiz até hoje, contrariando toda a razão e emoção – quem diria as duas estavam juntas neste momento – eu aceitei fazer pulsoterapia novamente, mas estou contrariada e com aquele sentimento de impotência! Enfim...
Hoje eu fiz a primeira dose, estou enjoada, mas é normal. Não vou tomar aqueles comprimidos todos, não vou ficar dando chute em ponta de faca. E vou esperar até quando isso tudo resolver permanecer. Porque se esta acontecendo isso agora, uma hora vou ter uma explicação.
Sei lá, desculpa se eu fiz você ler até agora uma coisa que no final não disse nada, mas eu precisava colocar para fora toda essa confusão que está meu coração. Ando sentindo falta de muitas coisas... De um amor, por exemplo. Pela primeira vez eu assumo publicamente que eu quero alguém para mim, novamente! Que meu coração está pronto e minha vida com o espaço livre... Mas, vem o lúpus e acaba com toda minha alegria! Fica difícil... Pode ser carência, dá e passa... Se não for... Bom se não for, a gente pede uma música e curte a nossa imaginação.
Quero tudo e nada. Tô confusa, baby, e não é pouco! 

21 de março de 2013

A vida e suas questões


É que eu sempre fui boa em dar conselhos e ouvir as pessoas... Sempre fui a primeira que se prontificava a dar uma volta, um telefonema, sei lá, coisas desse tipo... Algo que pudesse ajudar de coração as pessoas – sempre fui bom em analisar casos e acasos, mas quando o problema é comigo, fico perdida, totalmente sem saber que rumo tomar!
Hoje um filme bateu em minha cabeça, voltei há uns anos e percebi que cada vez eu fico é mais sensível e covarde. Não consigo enxergar a menina que luta por aquilo que quer ou aquela guerreira que todos fazem questão de dizer que eu sou... Hoje eu vi o quão somos frágeis perante a vida, e o quanto eu consigo ser sensível a tudo.
Dizem que o destino prega peças e nos fortalece, hoje eu não consigo entender qual a peça que ele quis pregar, e até mesmo eu não consigo compreender qual a intenção de tudo isso. Há quase 3 anos eu estive frente a morte e pude perceber que estamos aqui de passagem, e jurei a mim mesma aproveitaria cada minuto de minha vida depois que passasse por aquilo.
E do nada vi que não aproveitei tudo... Agora estou com a saúde fragilizada novamente e milhares de dúvidas em minha mente! Sabe qual a pior piada de nossa vida? Quando recebemos a notícia que temos uma doença que pode te matar de diversas formas... Que ela é uma fera que vive dentro do seu corpo e a qualquer momento pode te devorar... Essa é a pior piada que qualquer ouvido pode ouvir...
Não fiz tudo o que eu deveria ter feito, não cumpri com o prometido e não aproveitei cada segundo que estava disponível... Algumas vezes eu quis fugir ao invés de enfrentar a vida, quis também dormir ao invés de ir naquela festa, enfim... Não disse todos os “eu te amo” que deveria ter dito e nem fiz todas aquelas viagens que planejei... Não deu tempo! Como diz a música – “devia ter amado mais...”. Perdi de ver mais vezes o sol nascendo e cometer aquelas loucuras que sempre quis. Não fiz tudo, foi pouco tempo que me deram... Não deu tempo!
E agora preciso de uma decisão tão importante... Se não deu tempo antes, agora preciso pagar um preço para voltar de onde eu parei. Sinceramente estou cansada, é estranho você ler um livro que não gostou novamente ou assistir um filme chato que você sabe o final... É a mesma coisa... O caminho que estou para percorrer conheço bem – a questão é se eu quero ou não voltar onde eu parei. 

18 de março de 2013

Oi 23! =)


Sempre que chega perto do meu aniversário eu fico pensativa... Fico analisando se eu consegui realizar meus objetivos - como sempre me desejam, ou se eu realizei algum sonho... Fico analisando se eu consegui ser feliz de verdade, se superei medos, se ousei mais, se me permitir mais... Faço uma análise geral da minha vida atual!
É estranho, não sei explicar porque sempre fico meio quieta perto do dia 18 de março, deve ser porque em todos os que passam eu me sinto mais madura, e de repente eu me vejo querendo voltar aos 16 anos, onde a responsabilidade era menor... Bem menor!
Onde, talvez, os sonhos eram mais altos, os medos menores... Talvez nesta época o olhos brilhassem mais, ou não! Sei lá! São tantas coisas que fico pensando, que me dá um medo danado de crescer!
Não percebi, mas uma hora eu me vi no espelho e já era uma mulher e com todas as responsabilidades que vêm juntas... Não pedi para crescer e muito menos para ser gente grande e séria! Eu gostava mesmo era de ser criança, de brincar descalço e fazer birra para tomar banho... Ter aquelas coragens que hoje em dia vimos que eram tão simples, mas que parecia que estava vencendo todas minhas barreiras!
A vida nem sempre foi tão gentil comigo, algumas vezes ela quis brincar de força. Não sei se nascemos com nossa história escrita, ou se realmente precisamos escrever cada página em um dia... Teve épocas em que eu acreditava que a caneta estava falhando, que não tinha mais tinta e que ali acabava a história, de forma inacabada.
E é estranho parar e analisar eu mesma, com todas minhas qualidades e defeitos visíveis. Com os meus medos e as coragens surpreendentes. É estranho se ver em fotos antigas e imaginar que nunca pensaria que passaria por tantas coisas, e que mais – enfrentarias de maneira vitoriosa.
Esse texto é um dois sem lógica que eu já escrevi, porém que me faz todo o sentido neste momento! É uma sensação estranha de se ver assim... De diversas maneiras que eu já fui capaz de ser, sem ao menos perder minha essência!
O que tenho que dizer hoje, é que eu cada dia parece que as coisas mudam para melhor... Sinto uma falta danada de quando eu era bebê e só sabia dormir e chorar... Quando eu era criança e só tinha responsabilidade de fazer tarefa da escola ou me arrumar para ir treinar. Saudades da adolescência que eu só precisava me preocupar se minha música favorita estava no CD do meu diskman, se meu uniforma estava limpo e se tinha prova no outro dia... Saudades de quando eu percebi que virei adulta, que precisava verificar se meu despertador estava ativado, se meu material estava pronto e se meu celular tinha alguma chamada especial. Saudades daqueles 18 e começo dos 20. Saudades até mesmo de quando o destino resolveu brincar de vida comigo, que a única preocupação era em sobreviver.
Hoje me olho no espelho e vejo uma mulher que busca sempre o melhor, em tudo! Que quer saber o que vai ser daqui a 5 anos, mas que também não tem pressa alguma de viver o hoje. Vejo a mulher que aprendeu que planos são bons, mas não podemos ficar presos neles, temos que algumas vezes mudar o foco, porque só assim vamos atingir uma meta. Consigo enxergar uma pessoa que mesmo com suas fragilidades quer tudo o que um dia foi lhe prometido, amor, paz, saúde, prosperidade, e todos aqueles blá blá blá que desejam pra gente ser feliz.
Hoje eu consigo ver que em cada uma dessas Aryana, existe uma força, e talvez essa força interna que me dá ânimo de continuar quando eu penso que o que a linha chegou ao fim.
Hoje consigo ter noção que se aparências mudam (ainda bem) e o que está dentro permanece!
E que venha meus 23 aninhos, porque quando vier os 32 vou sentir uma saudade danada dele, que eu sei! Parabéns pra mim!  

19 de fevereiro de 2013

Tantos sentimentos...


É que bate um medo, sabe? Eu sei que faz muito tempo que não venho por aqui expressar o que está se passando dentro do meu coração, mas é que ás vezes não conseguimos expressar o que nem nós entendemos...
Ano passado foi bom, aliás, foi muito bom! Aconteceram tantas coisas, desde a entrega do meu canudo até a decisão de arriscar com uma empresa.  Gente, eu cresci, e de repente eu me deparei com uma saudade de ser criança e não precisar se preocupar com coisas de adulto... Como dizem: joelho ralado dói menos que coração partido...
Arrisquei tanto no ano passado... Tantas coisas que se foram por medo e outras consegui enfrentar e ter orgulho de mim mesma.
Hoje estou aqui pensando - ano novo e novos planos em mente, mas até que parte conseguimos mandar no nosso destino? E quando ele decide se virar de pernas para o ar e ainda fazendo cambalhota?
É complicado... A gente sempre acha que está a frente de nossas decisões até que de repente se pega imóvel, incapaz e de mãos atadas para tomar qualquer passo à frente.
Em maio de 2010 quando o médico disse que eu ficaria em torno de 20 dias no hospital eu me revoltei, e acabei ficando mais de 45 dias. Agora em fevereiro de 2013 a cena se repete... Eu internei e o médico disse 10 dias no mínimo.
Tem noção de como isso soou em meus ouvidos? Imagina como eu me senti a coisa mais sensível desse mundo? E em seguida ele dispara: você só sai daqui operada.
Pronto! O filme começou a passar em minha mente novamente... E o destino mais uma vez quis brincar com meu psicológico e eu parei exatamente no mesmo quarto da primeira vez... O cheiro era familiar, o lugar eu conhecia bem, mas deu uma sensação que por mais que eu escrevesse mil palavras não seriam suficientes para expressar o que eu senti...
Mais uma vez resolvi enfrentar, cada agulhada que eu recebia parecia que o filme estava se repetindo, mas não podia... Eu tinha escolhido outra vida e outros planos faziam parte dela, até mesmo outras pessoas.
A única pessoa que sempre aguentou tudo e todos a qualquer momento mais uma vez estava ao meu lado, ela é minha joia mais preciosa... Minha mãe, e foi ela que eu deixei depois de 5 dias internada sozinha naquele quarto... Foi quando me levaram para o centro cirúrgico!
Lágrimas escorreram pelos seus olhos e o técnico de enfermagem disse: calma, daqui a pouco eu trago ela de voltar.
Um filme representaria bem o momento, sabe quando o paciente anda pelo corredor do hospital de maca e só faz o barulho das rodinhas?  Vai passando pelas placas e um sentimento inexplicável atingia meu peito.
Chegou a hora – meus braços ficaram na famosa pose de cruz, com equipamentos em meu peito e amarraram minhas pernas, como se fosse possível eu fugir.
Acordei com a certeza que eu consegui passar por mais essa etapa dolorosa de minha vida.  Com uma dúvida, até quando esses acordos mal acabados entre o meu destino e eu, vão continuar interrompendo meus planos?
Em agosto de 2010 eu entrei para o mesmo centro cirúrgico e retirei o útero, agora em fevereiro de 2013 eu retirei a vesícula. E aí que fica uma insegurança, eu não deixo o lúpus tomar conta de mim e muito menos de meus pensamentos, mas sabe aquele medinho? Aquele receio que ainda pode não ter acabado... E me vem uma revolta, uma revolta sem fim.
Agora estou deitada há menos de uma semana da cirurgia, eu sinto dores, mas, sei que elas vão passar... Pelo menos isso eu tenho certeza! No mais, eu não me arrisco a falar, eu só consigo pensar que definitivamente precisamos viver o hoje, porque até o mais tarde se torna incerto.

Bem-vindo 2013! =)