23 de junho de 2015

Sobre ser adulto...

Quem me conhece sabe que classifico minha vida em duas etapas: antes e depois da minha primeira internação. Antes era aquela menina que aceitava tudo, no entanto que queria algo para aquele momento – não que tenha mudado muito este quesito, - mas aprendi a esperar, ter mais paciência, enfim amadureci. Acredito que antes era, realmente uma menina, e do nada me transformei em uma mulher forte.
Sai do hospital com muitos medos, porém acima de tudo sabendo enfrentá-los. Sabendo que por mais que possa doer, as coisas vão passar... Por mais dolorido que possa parecer, uma hora vira aprendizado. Foi isso que aprendi naquela pior semana da minha vida. Porque resumo os primeiros 45 dias em uma semana, a pior.
Enfim. Sempre digo que esta fase é um divisor de águas em minha vida. E, ela é. Mas, agora vejo que existem outros divisores. E parece que estou no meio de um. E essa mudança toda está me deixando confusa.
Naquela época eu sabia que estava de mudança. Aliás, meu corpo havia passado por transformações. Havia perdido cabelo. Havia sofrido transformação no peso. Minha vida estava de cabeça para baixo. Não tinha muita escolha, para ser sincera.
Mudei. Acredito que para melhor. Fiquei mais confiante, mesmo cheia de incertezas. Comecei a dirigir, por mais que nunca aprendi fazer baliza. ME JULGUEM. Hahahah! Não fiquei mais com medo de escuro. Aprendi a me virar sozinha. Aprendi a sair a noite. Aprendi a ir em baladas. Aprendi a ser independente e a virar quase amiga de flanelinhas, salva exceção de quando um deles levou minha bolsa! ¬¬
Enfim, a gente muda e cresce! E a vida exige isso da gente! Faz bem. Faz bem para currículo. Pra pele. Pro bolso. Pra cabeça. Pra vida. Mas tem uma hora que tudo isso fica estranho. Aí do nada você se vê mudando de novo. E concordo que a vida é uma constante. Mas, acho que depois dos 25 mudei, não radicalmente, mas mudei muito novamente.
Então agora tem a Aryana antes da internação, depois da internação e depois dos 25.  Quando fiquei “adultinha”, depois da internação tinha 20 anos. Foram 20 anos brincando de ser adolescente. Agora acho que, finalmente, fiquei adulta.
E ser adulta pesa. Pesa porque você precisa ter decisões por si. Não adianta correr pra mãe, amigos, psicólogo. É você. Só você. Eles são apenas suporte. Mas quem dá a palavra final e quem sofre a consequência é você.
A gente não pede pra crescer. Ou a gente até pede quando é criança, porque acha divertido. Mas, nem sabemos que divertido mesmo é brincar de casinha, carrinho, assistir TV até tarde embaixo das cobertas, estudar para prova de matemática que o conteúdo é adição e subtração... Isso sim é divertido!

Do mais, ser adulto dá tanto trabalho...!

19 de fevereiro de 2015

Fases da lua...

Não encontrei no vocabulário uma definição certa para como eu fico antes do meu aniversário, aliás, eu sou assim com qualquer data que me marque muito. Sou totalmente data, toque e cheiro. Sou sensível demais para deixar fatos importantes passarem. Sou intensa demais para deixar fatos marcantes passarem por mim e eu não aproveitar... Mas, confesso que algumas vezes é meio complicado! Calma, que explico!!!
Dia desses escrevi no meu status do Whats o seguinte: Contemplando a vida... CARA! Tão eu essa frase! E olha que vi em uma página de zoeira da Internet. Mas contemplar a vida tem suas vantagens, e como!
Ando vendo mais paisagens bonitas, mais sorrisos encantadores, mais olhares marcantes, juro pra você! Mas para isso é preciso desapegar de outras coisas e dói, e essa dor que é complicada... Nessa mesma época eu publiquei uma música na qual estou meio “viciadinha” que chama: Let Her Go! Exatamente! Deixa ir, fica livre, tem horas que a liberdade é bom, é bom sentir uma dor, é porque você se sente mais uma vez preparado para a vida!  
Sobre esse medo que é esse texto! Tenho fases! Sou feito a lua, por isso não sei mais se sou bipolar, a lua não possui só duas fases, ela tem mais e consegue ser feliz em todas elas, mesmo algumas vezes sendo tão pequena tem gente que a ama daquela forma. Acho que sou desse jeito!
Há mais ou menos um mês estava contemplando a vida sem me permitir, estava falando para todo mundo que estava na minha fase “eu”, e meus amigos até me zoavam. Mas, precisava daquele momento. Hoje já me permito mais. Tô até compartilhando sorrisos, por que não? Tem uns tão lindos por aí...
Mas, hoje, especialmente hoje, acho que estou na naquela fase que a lua se esconde, que ela não quer mostrar seu brilho de jeito nenhum, por mais que todos saibam que ele existe. Talvez porque algumas respostam machucam, outras eu não queria ouvir...

A vida é meio complicada, a gente procura, procura, procura... E quando acha, a gente se perde!!! Talvez eu só precise continuar contemplando a vida sem me preocupar com prazos, talvez eu precise parar de buscar tantas respostas, talvez eu precise parar de me apegar a datas, talvez eu pare de fazer tantos planos, não sei ainda... Afinal a única certeza que eu tenho é que a lua vai voltar a ser cheia uma hora!!!