21 de março de 2013

A vida e suas questões


É que eu sempre fui boa em dar conselhos e ouvir as pessoas... Sempre fui a primeira que se prontificava a dar uma volta, um telefonema, sei lá, coisas desse tipo... Algo que pudesse ajudar de coração as pessoas – sempre fui bom em analisar casos e acasos, mas quando o problema é comigo, fico perdida, totalmente sem saber que rumo tomar!
Hoje um filme bateu em minha cabeça, voltei há uns anos e percebi que cada vez eu fico é mais sensível e covarde. Não consigo enxergar a menina que luta por aquilo que quer ou aquela guerreira que todos fazem questão de dizer que eu sou... Hoje eu vi o quão somos frágeis perante a vida, e o quanto eu consigo ser sensível a tudo.
Dizem que o destino prega peças e nos fortalece, hoje eu não consigo entender qual a peça que ele quis pregar, e até mesmo eu não consigo compreender qual a intenção de tudo isso. Há quase 3 anos eu estive frente a morte e pude perceber que estamos aqui de passagem, e jurei a mim mesma aproveitaria cada minuto de minha vida depois que passasse por aquilo.
E do nada vi que não aproveitei tudo... Agora estou com a saúde fragilizada novamente e milhares de dúvidas em minha mente! Sabe qual a pior piada de nossa vida? Quando recebemos a notícia que temos uma doença que pode te matar de diversas formas... Que ela é uma fera que vive dentro do seu corpo e a qualquer momento pode te devorar... Essa é a pior piada que qualquer ouvido pode ouvir...
Não fiz tudo o que eu deveria ter feito, não cumpri com o prometido e não aproveitei cada segundo que estava disponível... Algumas vezes eu quis fugir ao invés de enfrentar a vida, quis também dormir ao invés de ir naquela festa, enfim... Não disse todos os “eu te amo” que deveria ter dito e nem fiz todas aquelas viagens que planejei... Não deu tempo! Como diz a música – “devia ter amado mais...”. Perdi de ver mais vezes o sol nascendo e cometer aquelas loucuras que sempre quis. Não fiz tudo, foi pouco tempo que me deram... Não deu tempo!
E agora preciso de uma decisão tão importante... Se não deu tempo antes, agora preciso pagar um preço para voltar de onde eu parei. Sinceramente estou cansada, é estranho você ler um livro que não gostou novamente ou assistir um filme chato que você sabe o final... É a mesma coisa... O caminho que estou para percorrer conheço bem – a questão é se eu quero ou não voltar onde eu parei. 

18 de março de 2013

Oi 23! =)


Sempre que chega perto do meu aniversário eu fico pensativa... Fico analisando se eu consegui realizar meus objetivos - como sempre me desejam, ou se eu realizei algum sonho... Fico analisando se eu consegui ser feliz de verdade, se superei medos, se ousei mais, se me permitir mais... Faço uma análise geral da minha vida atual!
É estranho, não sei explicar porque sempre fico meio quieta perto do dia 18 de março, deve ser porque em todos os que passam eu me sinto mais madura, e de repente eu me vejo querendo voltar aos 16 anos, onde a responsabilidade era menor... Bem menor!
Onde, talvez, os sonhos eram mais altos, os medos menores... Talvez nesta época o olhos brilhassem mais, ou não! Sei lá! São tantas coisas que fico pensando, que me dá um medo danado de crescer!
Não percebi, mas uma hora eu me vi no espelho e já era uma mulher e com todas as responsabilidades que vêm juntas... Não pedi para crescer e muito menos para ser gente grande e séria! Eu gostava mesmo era de ser criança, de brincar descalço e fazer birra para tomar banho... Ter aquelas coragens que hoje em dia vimos que eram tão simples, mas que parecia que estava vencendo todas minhas barreiras!
A vida nem sempre foi tão gentil comigo, algumas vezes ela quis brincar de força. Não sei se nascemos com nossa história escrita, ou se realmente precisamos escrever cada página em um dia... Teve épocas em que eu acreditava que a caneta estava falhando, que não tinha mais tinta e que ali acabava a história, de forma inacabada.
E é estranho parar e analisar eu mesma, com todas minhas qualidades e defeitos visíveis. Com os meus medos e as coragens surpreendentes. É estranho se ver em fotos antigas e imaginar que nunca pensaria que passaria por tantas coisas, e que mais – enfrentarias de maneira vitoriosa.
Esse texto é um dois sem lógica que eu já escrevi, porém que me faz todo o sentido neste momento! É uma sensação estranha de se ver assim... De diversas maneiras que eu já fui capaz de ser, sem ao menos perder minha essência!
O que tenho que dizer hoje, é que eu cada dia parece que as coisas mudam para melhor... Sinto uma falta danada de quando eu era bebê e só sabia dormir e chorar... Quando eu era criança e só tinha responsabilidade de fazer tarefa da escola ou me arrumar para ir treinar. Saudades da adolescência que eu só precisava me preocupar se minha música favorita estava no CD do meu diskman, se meu uniforma estava limpo e se tinha prova no outro dia... Saudades de quando eu percebi que virei adulta, que precisava verificar se meu despertador estava ativado, se meu material estava pronto e se meu celular tinha alguma chamada especial. Saudades daqueles 18 e começo dos 20. Saudades até mesmo de quando o destino resolveu brincar de vida comigo, que a única preocupação era em sobreviver.
Hoje me olho no espelho e vejo uma mulher que busca sempre o melhor, em tudo! Que quer saber o que vai ser daqui a 5 anos, mas que também não tem pressa alguma de viver o hoje. Vejo a mulher que aprendeu que planos são bons, mas não podemos ficar presos neles, temos que algumas vezes mudar o foco, porque só assim vamos atingir uma meta. Consigo enxergar uma pessoa que mesmo com suas fragilidades quer tudo o que um dia foi lhe prometido, amor, paz, saúde, prosperidade, e todos aqueles blá blá blá que desejam pra gente ser feliz.
Hoje eu consigo ver que em cada uma dessas Aryana, existe uma força, e talvez essa força interna que me dá ânimo de continuar quando eu penso que o que a linha chegou ao fim.
Hoje consigo ter noção que se aparências mudam (ainda bem) e o que está dentro permanece!
E que venha meus 23 aninhos, porque quando vier os 32 vou sentir uma saudade danada dele, que eu sei! Parabéns pra mim!