Aconteceram tantas coisas nesses últimos dias em minha vida. Mas, foram tantas coisas diferentes que fiquei perdida. Vivi momentos que acreditava que nunca viveria, passei por coisas que não acreditava ter coragem, e realizei outras que eu sempre quis e não tive oportunidade, mas que do nada estava acontecendo comigo.
Pois é... Como pode aquela menina que há quase um ano estava internada em um hospital quase morrendo, com a vida limitada e sem nenhuma esperança, agora estar ali viva, vivendo tudo o que estava sendo permitido viver.
Ahh... Quer saber? Eu vivi! Eu me joguei e vivi. E eu aprendi que nessa vida não podemos ter tanto medo de arriscar e se temos a chance, ela pode ser única. E ela é realmente única.
Sempre quis sair gritando que eu era “imprensa”, e no meio de uma multidão eu fiz isso e o povo abriu espaço. Lá fui eu me realizar. Quis sair pelo mundo entrevistando com aquele frio na barriga e fiz isso. E não estava nem ai se eu precisava fazer o texto e acordar cedo. O negócio era a adrenalina que me dominava.
Eu aprendi a não ter medo de levar um não, e se levasse continuar sorrindo e tentar de novo. Ah como eu aprendi coisas. Aprendi até a colocar um vestido de um zíper mega complicado dentro do Godofredo. Pois bem... Eu aprendi a trocar de roupa de todas as maneiras possíveis dentro de um carro. A se maquiar em um minuto, a compartilhar um espelho micro e a saborear o dogão da Afonso Pena do dia-a-dia.
Foram tantas experiências esses dias. Semana que vem faz um ano que minha vida mudou quase da água para o vinho. E nada mais justo do que eu ter amadurecido assim. Esses últimos dias o destino brincou comigo de um jeito que acreditei que ele não ia muito com minha cara.
Eu descobri, ou melhor tive a certeza que a gente conhece bem a pessoa que deixamos de amar, mas que infelizmente as pessoas nos dão valor tarde demais, e depois não adianta vir atrás por que eu já estou saturada e tão cansada de ter lutado sozinha. E que muitas vezes fugimos do que nos esta predestinado, e isso só nos faz machucar mais. Descobri que algumas pessoas podem ser egoístas por amor. E isso pode até ser perdoável. Eu também ficaria três últimas vezes com a pessoa que eu amo antes de matá-la. São coisas que nem o amor explica, que o destino não condena, mas, que a vida da a cartada final.
Ah, como eu aprendi coisas nesses últimos tempos. E como foi dolorido aprender a abrir mão de algumas. Umas foram como arrancar uma parte de mim. Impossível descrever, mas superável... Aliás, eu acredito que depois de tudo que aconteceu tudo é superável. E como eu digo, esse é o ano!
Vou me dedicar mais ao meu livro, cuidar da minha árvore e claro, cuidar do meu filho Godofredo, que pode não chorar e nem fazer pirraça se jogando no chão, mas é meu! Só meu!!! =) E eu aprendi tantas coisas mais importantes do que se importar com outras que não valem a pena, como por exemplo, SER FELIZ!!!